Todos e todas em defesa da democracia
Ato organizado pela Frente Brasil Popular de Santa Catarina reuniu milhares de pessoas que lutam e defendem à democracia

Dia 18 de março de 2016, um dia que vai entrar para a história do país! Dia que os movimentos sociais, sindicais, estudantil e trabalhadores e trabalhadoras foram às ruas em defesa da democracia, dos direitos sociais e contra o golpe. Em Santa Catarina, três cidades realizaram atos de forma pacífica e dialogaram com a população sobre o que está em jogo no golpe jurídico e midiático.
Florianópolis, Chapecó e Joinville realizaram atos que mobilizaram mais de 15 mil pessoas. Crianças, jovens, mulheres, homens, idosos, cadeirantes, negros, gente de todas as raças e credos foram às ruas protestar contra o golpe de estado que está sendo orquestrado por parte do judiciário brasileiro e dos conglomerados midiáticos, em especial o grupo Globo.
Anna Julia Rodrigues, presidenta da CUT-SC destacou a mobilização dos movimentos, que apesar de não terem a divulgação dos meios de comunicação de massa, mobilizaram pessoas que acreditam e lutam por um estado democrático. “Nós não temos a rede Globo divulgando o nosso ato e fazendo transmissões ao vivo, temos é trabalhadores, professores, estudantes, donas de casa e muitos jovens que compreendem o risco que os direitos sociais correm, com o golpe de estado”, salientou Anna Julia.
Uma das marcas dos atos foram os cartazes trazidos pelos manifestantes, alguns questionando a imparcialidade da mídia, as ilegalidades das ações do Juiz Moro responsável pela Operação Lava Jato, outros destacando os avanços sociais dos últimos anos e muitos denunciando a corrupção de políticos e partidos catarinenses. A deputada federal, Angela Albino do PCdoB, participou do ato em Florianópolis e destacou o respeito dos manifestantes com as opiniões contrárias. “Olhem para os nossos cartazes e verão que não tem nenhuma ofensa ou incitação de violência, ao contrário deles, não chamamos ninguém de quenga”, relembrou a deputada sobre uma faixa dos movimentos de direita em que chamam a presidenta Dilma com esse adjetivo pejorativo.
Outro ponto alto das manifestações foram os gritos de guerra trazidos pela juventude e cantadas por todos os participantes, aliás, estavam no ato muitos estudantes e professores universitários e, também, pessoas idosas que vivenciaram e lutaram pelo fim do regime militar e agora, lutam novamente para que esse período não volte.
Yuri Becker, presidente da União Nacional dos Estudantes – UNE ressaltou que a juventude está junta nos atos pela democracia, porque tem noção de que há um golpe jurídico e midiático no país e mesmo não tendo vivido no período da ditadura militar, sabe quão grave será, a todos, em especial aos jovens, a volta desse regime ditador. “Temos uma juventude que percebe a diferença dos lados que disputam o cenário político. Se por um lado temos um governo que deu mais oportunidade à juventude, do outro temos uma posição favorável à redução da maioridade penal e da precarização da educação pública”, destacou Yuri.
Jacir Zimmer, um dos coordenadores da Frente Brasil Popular de Santa Catarina avaliou que os atos foram muito positivos e que novas ações serão pensadas nas próximas semanas. “Já temos um grande ato que acontecerá em Brasília no dia 31 de março, estamos organizando excursões daqui de Santa Catarina com trabalhadores e estudantes que vão á capital do país lutar pela democracia”, salientou Jacir.