FRENTE BRASIL POPULAR > Galerias > Fotos > Reunião da Frente Brasil Popular (FBP), em São Paulo

“É preciso mostrar claramente para toda a sociedade que projeto a gente defende para o país, porque a agenda conservadora está em curso e não apenas no Brasil”. A afirmação é da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB/RJ), que participou nesta segunda-feira (22) da reunião da Frente Brasil Popular (FBP), em São Paulo.

A parlamentar avaliou que a conjuntura política no Brasil e no mundo não está nada favorável ao campo popular da sociedade.

No encontro da FBP – que também contou com a presença do ex-governador gaúcho Tarso Genro (PT/RS) –, os participantes demonstraram preocupação com os ataques à pauta da classe trabalhadora e dos movimentos sociais.

A criminalização dos movimentos sociais e partidos, privatização das estatais, a política econômica que pode retirar direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, a possível reforma da Previdência, entre outros, são temas que preocupam e que direcionam a mobilização da Frente Brasil Popular.

Criada em 2015, a FBP reúne centrais sindicais, movimentos sociais e populares, partidos políticos, parlamentares e intelectuais, para, com unidade, enfrentar essa pauta da classe dominante.

A deputada carioca reforçou a importância dessa unidade: “Essa frente cumpre o papel de conscientização e mobilização e vai continuar cumprindo este papel num ano que vai ser ainda mais difícil”.

Falando do ambiente no Legislativo Federal, Jandira destacou que, além do impeachment da presidenta Dilma Rousseff não ter saído da agenda do Congresso Nacional, há ainda a agenda do Senado. Ela lembrou que a pauta da Câmara dos Deputados está parada, diante do processo contra seu presidente, Eduardo Cunha (PMDB/RJ).

“O presidente do Senado, Renan Calheiros, que tem sustentação do governo, se articula com o campo neoliberal e já coloca em votação projetos que detonam toda estrutura de desenvolvimento do Brasil, como a questão da Petrobras, o projeto da regulação das estatais, o limite de endividamento do Estado (que engessa qualquer política pública seja em âmbito federal, estadual ou municipal). Há ainda o de autonomia do Banco Central, que tira a possibilidade do governo intervir na política monetária. Todos eles têm grandes possibilidades de ser aprovados e, quando chegarem à Câmara, passarão mais rápido ainda”, alertou.

Para Jandira, a Frente precisa fazer um contraponto desta agenda e, ao mesmo tempo, construir uma plataforma emergencial mais ampla. “A gente não pode se apresentar para a sociedade apenas uma plataforma de economia. Precisa realçar a plataforma democrática e incorporar uma plataforma dos direitos civis e de direitos humanos. Acho que o principal desafio é a disputa de narrativa. Não basta desmoralizar o adversário, precisamos principalmente defender claramente o nosso projeto, mostrar o que a gente defende para o Brasil”, assinalou.

 

*Escrito por: Érica Aragão

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